3 Re-Contos de Fadas

Quem me conhece, sabe que eu adoro contos de fadas, desde os mais conhecidos como A Pequena Sereia, A Branca de Neve, Cinderela, etc até os menos aclamados, Pele de Asno, O Pé de Zimbro, Rumpelstiltskin, portanto até pouco tempo tive receio de transitar por livros que recontam essas histórias já tão conhecidas por nós desde a infância.

Recentemente minha irmã, 6 anos mais nova que eu, resolveu se aventurar por esses mares, e como consequência, eu entrei na onda (chega de referências marítimas ? Chega.)

Dentre os que eu li, que, na verdade, foram poucos, resolvi listar 3 que mais me chamaram atenção. E, numa época onde tudo vira trilogia/série, é inevitável não falar de nenhum que não siga essa linha, principalmente porque são em suma livros adolescentes e todo mundo sabe que livro pra adolescente rende $$$.

1. Cinder – Marissa Meyer

A história de Cinderela todo mundo conhece: uma bela moça que é criada pela madrasta que tem 2 filhas horríveis, chatas e fúteis, que em um mágico dia recebe a visita de uma fada e a transforma numa linda convidada do príncipe e que só pode ficar na festa até meia-noite, blablablá.

Em Cinder — livro 1 de uma trilogia ou série de livros que recontam histórias de outras princesas além da Cinderela, a história se passa em um mundo com ciborgues e humanos na cidade de Beijing, e Cinder, não muito diferente da história original, é uma garota normal que vive com a odiosa madrasta que a culpa pela doença de sua meia-irmã, infectada por uma praga — praga essa que nossa protagonista é imune.

Depois que um doutor-pesquisador resolve entender o caso de Cinder, descobre-se que Cinder tem implantes ciborgues, entrando numa história sobre o que aconteceu em seu passado e os efeitos disso em sua vida.

Dentre as distopias lançadas de um tempo pra cá, acredito que Cinder, por ser também um reconto de uma história já bastante famosa, mereça um crédito maior, afinal é uma história bem original e sai um pouco do clichê que se encontra o mercado editorial hoje em dia.

2. Adormecida – Anna Sheehan

Pelo o título já dá pra imaginar de quem vai se tratar essa história, não é mesmo?

Entre todos os três, meu menos preferido; Adormecida segue a história de Rose Fitzroy que esteve dormindo durante mais de 60 anos, esquecida em um porão, dada como desaparecida, acorda descobrindo-se herdeira multimilionária depois da morte dos pais e passando a confiar em pessoas meramente conhecidas para ela, em um lugar completamente novo para ela, que está, agora, à frente dos negócios.

A premissa do livro é interessante e a execução deixa pouco a desejar, tive alguns problemas com a narrativa e por onde a autora quis me levar durante a leitura, nada que atrapalhou drasticamente minha experiência, no entanto.

3. Veneno – Sarah Pinborough

Confesso que já estava bem saturada de recontos apenas por ter lido 3 (os dois acima e o começo do segundo volume das Crônicas Lunares), até que minha irmã me apareceu com mais um e falou que esse sim, valia a pena ler. Dei uma chance.

Não valeu. Pelo menos para mim, a história não fluiu como deveria, mas há algo de muito interessante na história, que merece ser lido, eu acho (minha irmã gostou muito, acho que alguém pode gostar também).

Na sinopse, do Skoob, o livro é vendido como um romance sexy, intenso e real, onde não há um “felizes para sempre”, porém o que a autora nos entrega é um romance meramente banal, sem muito propósito e maçante.

Eu adoro Once Upon A Time, Fábulas e Grimm. Eu amo re-contos de contos de fadas. Não tem como dar errado com esse livro, certo? Errado.

Eu não sei se foi a expectativa que eu pus em cima do livro (minha irmã chegou com olhos brilhando, falando o quão bom era aquela história e que eu precisava ler…)

A história é bem parecida com o da Branca de Neve original, temos castelo, uma bela dama, príncipes e os anões, sendo que aqui contamos com personagens de outras histórias também, até Aladdin resolveu dar um oi!

A premissa do “repense seus vilões”, no entanto, foi o que mais me chamou atenção, de fato os homens maus nem sempre são tão maus quando se conhece a história dele, como já bem conhecemos em muitas HQs de heróis, por exemplo (Rei do Crime, anyone?). Aqui conhecemos e entendemos a madrasta da Branca de Neve, a Rainha Má, que talvez não seja assim tão má. O que prejudicou a história foi apenas a escrita cansativa da autora.. A mesma história na mão de outro autor, talvez, conseguisse ter sido mais interessante, o que não deixa de ser um bom livro para começar a ler recontos, afinal, tem quem goste, sim.

Histórias de Terror de Meio-Minuto?

Mês do Halloween e mês das crianças juntos pedem um livrinho de terror com um toque um infanto-juvenil, é claro. E é por isso que Susan Rich juntou contos de autores renomados (e outros nem tanto) como Neil Gaiman, Lemony Snicket, James Patterson, Holly Black, Lauren Myracle, Joyce Carol Oates, R.L. Stine, Brian Selznick e… A lista é enorme, em uma coletânea intitulada Half-Minute Horrors, publicada em 2009.

Todos os autores foram responsáveis por montar uma história curta, podendo ser um texto ou em formato de quadrinho e, como o título do livro diz, você as lê em meio minuto – ou um pouco mais que isso.

Há aqui historinhas que assustariam todo tipo de criança, umas que, inclusive, assustam os grandinhos também.

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Para Todos Os Garotos Que Já Amei – Jenny Han

Edição digital – Kobo

Jenny Han é uma autora de livros YA contemporâneos e esse foi meu primeiro contato com um livro dela. Confesso que não sou fã de livros YA, aliás, costumo passar bem longe da maioria, não por preconceito ou birra, é apenas um gênero que pouco me chama atenção ultimamente. Mas depois de ter saído de um livro como Drácula, eu precisava de um livrinho leve de domingo. Fui procurar uns e acabei lendo um trecho do “Para Todos Os Garotos Que Já Amei” na internet e me prendeu, parecia ser exatamente o que eu tava procurando. Continuar lendo

Ganhadores do Man Booker Prize (2000-2014)

E como eu já fiz um post sobre os ganhadores do Pulitzer um tempo atrás e esse é post que mais tem acesso no blog, eu resolvi fazer outro pro Man Booker Prize, um prêmio também bem importante de literatura.

Aqui vou listar desde 2000, pelos mesmos motivos do Pulitzer: é mais fácil de encontrar em português ou até mesmo no original.

Pra quem não conhece, o Man Booker Prize, também conhecido como Booker Prize (designação mais comum) ou Booker ou Man Booker ou Man Booker Prize ou ainda seu nome oficial Man Booker Prize for Fiction (ufa! quantos nomes!) é um prémio literário criado em 1968, e um dos mais importantes atribuídos anualmente. Apenas podem concorrer obras de romance e ficção redigidas em língua inglesa por autores vivos que sejam cidadãos de um país membro da Commonwealth ou da República da Irlanda ou Zimbabwe. Ao vencedor é assegurado grande reconhecimento internacional, muito provavelmente seguido de significativo incremento nas vendas da obra premiada.

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Senta, vamos falar sobre o Kevin

Se tem um assunto que na Psicologia que me interessa imensamente é a Psicologia do Desenvolvimento, em especial a fase da Infância, então é óbvio que eu ia me interessar por um livro cujo personagem seja um mini psicopatinha (existe simpatia numa palavra tão feia?).

Em primeiro lugar, esse foi meu primeiro contato com a autora e só posso dizer que pretendo ler até sua lista de supermercado em breve.

A história de um garoto que resolve fazer uma chacina na sua escola, por aparentemente nenhuma razão foi publicado no começo dos anos 2000, não muito tempo depois de Eric Harris e Dylan Klebold assombrarem a mídia do mundo todo, com seu massacre em Columbine. Quer melhor timing? O livro foi obviamente um bestseller. Continuar lendo

Ganhadores do Prêmio Pulitzer (2000-2014)

Nesse post irei listar os vencedores da categoria ficção/novel do prêmio Pulitzer (O Prêmio Pulitzer é um prêmio norte-americano outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e música. + Para saber mais clique aqui), de 2000 até o ano de 2014, por serem mais recentes, portanto mais fáceis de encontrar em edições brasileiras ou até mesmo no original. Procurei algum post nesse estilo e não encontrei, portanto resolvi eu mesma fazê-lo. Para saber a lista de todos os ganhadores desde a primeira edição do prêmio, clique aqui.

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