É realmente difícil não me comportar como uma fangirl com relação a essa série, pois ela é uma das minhas favoritas, senão A favorita de todas. Eu a acompanhei e me preparei psicologicamente para conseguir escrever sobre ela, após seu término.
A série tem três temporadas que vai variando de acordo com seu gosto. Para ser sincera, os personagens mudam muito em cada temporada, se torna até complicado falar apenas de uma maneira geral.
Ficha Técnica
- Duração : 45min por episódio
- Criador(es): Rae Earl
- Pais de origem: Reino Unido
- Diretores: Tim Kirkby e Benjamin Caron
- Roteirista: Tom Bidwell
- Elenco: Sharon Rooney(Rae Earl); Ciara Baxendale(Izzy); Dan Cohen(Archie); Jodie Comer(Chloe Gemell); Jordan Murphy(Arnold “Chop” Peters); Nico Mirallegro(Finn Nelson)
A história não é nem de longe um clichê, além de ter aquele detalhe que dói o coração, pois é uma série baseada em um livro que foi escrito pela própria Rae Earl, sim é uma história real e autobiográfica (vou falar mais pra frente sobre o livro).
My Mad Fat Diary encanta de diversos ângulos possíveis, pelo apelo cômico de Rae, pela mensagem sobre os distúrbios alimentares, sobre a amizade, família e amor. Tendo uma bela trilha sonora que realmente nos leva para Inglaterra nos anos 90, fazendo que o sentimento de nostalgia fique o tempo todo presente.
My Mad Fat Diary é uma série britânica que conta a história de Rae Earl, que é uma garota que acabou de sair de uma clínica psiquiátrica e está voltando para sua casa. Ela reencontra sua amiga Chloe Gemell, assim começa a tentar ser uma adolescente normal.
Por ser baseado em fatos reais podemos sentir que isso poderia acontecer ou até mesmo aconteceu comigo.
Eu comecei assistir a série no final de 2013, e sabe aquele momento que você se identifica por completo com a personagem? Sim, foi meu caso com a Rae. Saí feito louca em busca do livro como se não houvesse amanhã, até que encontrei uma versão em inglês, pois o livro não foi traduzido para o português ainda por nenhuma editora, porém é possível encontrar em uma tradução livre pelos os próprios fãs, que disponibilizaram os dois volumes na internet.
Devorei o livro em um dia. Lágrimas escorreram dos meus olhos, senti que para absorver tudo teria que passar uma semana naquela ressaca literária/ ressaca pós-serie-boa.
Eu caí na real, a série é excelente, sem sombras de dúvida (por isso estou recomendando), porém o livro é a real, o livro é duro, seco. O livro é um diário onde ela tira suas máscaras e desabafa tudo que ela pensa e isso faz com que a gente sinta que está invadindo a privacidade de alguém. Eu senti o tempo todo como se eu não pudesse ler aquilo, como se tivesse lendo o diário da minha melhor amiga escondido dela.
Ela realmente conta tudo o que está sentindo; sobre seu corpo, sobre os seus pensamentos suicidas, as amigas falsas e sua relação com a família etc. Posso dizer que é triste sim, principalmente pelo fato da série ser uma versão “feliz” da vida da Rae Earl real. A Rae do livro não teve a mesma sorte que a Rae da série. Ela sofreu? Sim! Mas mesmo assim ela teve retorno na série, o comeback. Enquanto no livro ela sempre estava fragilizada e esperando que se tornasse forte.
Mesmo com as diferenças sinto que elas foram totalmente necessárias, pois os dois volumes do livro e as três temporadas da série só fazem a gente sentir que a Rae existiu, que seus problemas foram reais, e que ela poderia ser qualquer um de nós.
Quarto 217 